Mostra Pedagógica


OFICINA PARA FORMAÇÃO DE ATORES
ESCOLA DE TEATRO POPULAR DA TERREIRA DA TRIBO

Desenvolvida pela Escola de Teatro Popular da Terreira da Tribo, a oficina é composta por aulas diárias, teóricas e práticas, com duração de dezoito meses. Busca através da construção do conhecimento favorecer a emergência do artista competente não apenas no desempenho de seu ofício, mas também preocupado no seu desenvolvimento como cidadão. Já formou sete turmas de novos atores nos períodos de 2000/01, 2002/03, 2004/05 e 2005/06, 2007/08, 2009/10 e 2011/13.

Exercício Cênico A IMPORTÂNCIA DE ESTAR DE ACORDO
Orientação Paulo Flores
Grupo B: Dia 24 de junho, 20h, na Terreira da Tribo
Grupo A: Dia 25 de junho, 20h, na Sala Carlos Carvalho

Foto: Tânia Farias

Versão da Peça Didática de Baden-Baden sobre o Acordo do dramaturgo alemão Bertolt Brecht. Brecht denuncia o mito do herói, estágio supremo da individualidade. Para Brecht, deve operar-se uma renúncia da individualidade em favor da coletividade, para assegurar as mudanças sociais em curso. A peça explica que a piedade e a bonomia são atos isolados que em nada melhoram o destino humano. Portanto quem, em meio à devastação, promete reformas pontuais impede que a revolução ganhe terreno. Na peça quatro aviadores, que tentaram cruzar o Atlântico, fizeram um pouso de emergência. Não querem morrer e pedem a ajuda da humanidade.  O coro debate a questão: “O homem ajuda o homem?” As provas apresentadas durante o debate incluem imagens de homens matando homens e uma cena entre três palhaços: um palhaço gigante, Senhor Schmitt, queixa-se de várias partes do corpo lhe doem. Os outros dois palhaços curam-no serrando os membros em questão, até que no fim, sem braços, sem pernas e até mesmo sem a cabeça, Senhor Schmitt fica inteiramente desmantelado. Conclusão: o homem não ajuda o homem. Os quatro aviadores  terão de morrer. O piloto se recusa a aceitar a necessidade de sua extinção. Os três mecânicos, entretanto, aceitam as instruções do coro de que a morte só pode ser vencida pelo assentimento ante as necessidades inevitáveis da história. O piloto que se agarra a seu desejo individual de vida e glória é aniquilado. Os três mecânicos são redimidos, pois “vocês que consentiram que continuassem o fluxo das coisas não mergulharão no nada”. A violência e a morte não podem ser vencidas por paliativos. A violência só desaparecerá quando for estabelecida no mundo uma ordem justa.
Realizado pela Oficina para Formação de Atores da Escola de Teatro Popular da Terreira da Tribo na disciplina de Interpretação A.

PROJETO TEATRO COMO INSTRUMENTO DE DISCUSSÃO SOCIAL

A ação Teatro Como Instrumento de Discussão Social desenvolve Oficinas Populares de Teatro em seis bairros de Porto Alegre. Têm como objetivo a organização de grupos culturais nos bairros. A proposta de trabalho teatral segue os fundamentos principais da Escola de Teatro Popular da Terreira da Tribo, que visa a formação de atores-cidadãos com a necessária qualificação para estar a serviço da construção de uma sociedade mais justa e solidária.

Exercício cênico YERMA
*Oficina Popular de Teatro do bairro Bom Jesus
Orientação Tânia Farias
Dia 25 de junho, 20h na Sala Álvaro Moreira

Foto: Pedro Isaias Lucas

Desde 2004 o Ói Nóis Aqui Traveiz desenvolve um trabalho de implementação de um foco teatral no bairro Bom Jesus, tendo percorrido diversos espaços. No entanto, foi no Centro de Educação Ambiental da Vila Pinto que a Tribo encontrou parceiros atentos ao projeto. Neste tempo, realizou os exercícios A Última Instância, A Comédia do Trabalho e A Questão da Terra, além de paradas de rua pela Vila Pinto e experimentos de Teatro de Rua.
Yerma de Federico García Lorca (1898-1936) é uma obra popular de caráter trágico. Conta a história de um casal que segue, segundo as tradições de sua comunidade, o cotidiano do casamento – o homem empenha-se no trabalho junto ao gado e com a terra, a mulher cuida da casa e do bem-estar do marido. Yerma deseja, como única condição de felicidade, ter um filho; a gravidez não vem e o desejo vai dando lugar à frustração. Mais do que uma maternidade frustrada, o que está expresso em termos poéticos e simbólicos em Yerma é a tragédia de todos os que não conseguem realizar a sua plenitude vital e vêem definhar o seu potencial criativo, em razão da ignorância, do preconceito, da repressão.

*OFICINA POPULAR DE TEATRO DO BAIRRO BOM JESUS
Desde 2004 o Ói Nóis Aqui Traveiz desenvolve um trabalho de implementação de um foco teatral no bairro Bom Jesus, tendo percorrido diversos espaços. No entanto, foi no Centro de Educação Ambiental da Vila Pinto que a Tribo encontrou parceiros atentos ao projeto. Neste tempo, realizou os exercícios A Última Instância, A Comédia do Trabalho e A Questão da Terra, além de paradas de rua pela Vila Pinto e experimentos de Teatro de Rua.


Exercício Cênico A ASSALTADA
*Oficina Popular de Teatro do bairro Humaitá
Orientação Paulo Flores
Dia 26 de junho, às 20h30 no Teatro Bruno Kiefer

Foto: Tânia Farias


“A Assaltada” cena curta escrita pela jornalista e dramaturga Isis Baião, com a Oficina Popular de Teatro do bairro Humaitá.
Numa noite um homem invade a casa de uma velha senhora burguesa para roubá-la. A senhora sofre de solidão e de uma doença terminal. A partir do diálogo que se estabelece entre assaltante e assaltada a senhora faz uma proposta insólita que afugenta o ladrão.

*OFICINA POPULAR DE TEATRO DO BAIRRO HUMAITÁ
Desde 2003 o Ói Nóis Aqui Traveiz desenvolve a Oficina Popular de Teatro no Grêmio Esportivo Ferroviário – Ferrinho, no bairro Humaitá.
O trabalho no período de 2003 a 2006 originou a criação do Grupo Trilho. No período de 2007 a 2008 a oficina criou o exercício cênico A Saga de Galatéa baseado no texto Borandá – Auto do Migrante de Luís Alberto de Abreu e no período de 2009 a 2012 o exercício cênico O Mercado do Gozo.


Exercício cênico "Os Sinos da Candelária"
*Oficina Popular de Teatro de Canoas
Orientação Paula Carvalho
Dia 22 de junho, às 20h no Teatro Renascença

Eugênio Barboza


“Os Sinos da Candelária” da escritora e compositora Aurea Charpinel, com a Oficina Popular de Teatro da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz na cidade de Canoas. 

Em 1993 o Rio de Janeiro foi sacudido por um crime covarde, onde crianças foram assassinadas enquanto dormiam em frente à Igreja da Candelária. Este fato originou a peça “Os Sinos da Candelária” da escritora e compositora Aurea Charpinel. E é sobre este texto teatral que a Oficina Popular de Teatro da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz na cidade de Canoas vem desenvolvendo o seu trabalho no ano de 2013/2014, abordando uma das questões mais agudas da exclusão social no Brasil – o menor abandonado.
Adaptação livre do texto de Aurea Charpinel a peça traz para cena esses meninos e meninas de rua no seu cotidiano, personagens reais trazendo no corpo e na alma a marca da violência. Através de cenas do cotidiano – nas ruas e nas instituições do governo - a peça conta a história de um grupo de crianças e adolescentes nos dias que antecederam o Massacre da Candelária, culminando na cena de violência extrema que consternou o mundo “civilizado” e encheu de vergonha e tristeza os muitos brasileiros que não compactuam com este tipo de bestialidade.

Com: Duda Máximo, Lucas Gheller, Sirlandia Gheller, Thaynan Kraetzig, Janete Costa, Raquel Amsberg, Giovane Nunes, Júlio César Santos, Maitê Astigarraga, Sara Oliveira, Yasmin Oliveira, Maria Senilda Oliveira, Jana Farias, Gustavo Ribeiro, Djean Bueno, Débora Bregala, Bárbara Hoch, Gabriel Botelho, Diana Klippel e Alex Kaffé


Exercício Cênico BATE ASAS, BATE
*Oficina Popular de Teatro de Canoas
Orientação Paula Carvalho
Dia 26 de junho, às 20h30 no Teatro Bruno Kiefer

Foto: Eugênio Barboza

“Bate Asas, Bate” esquete teatral da jornalista e dramaturga Isis Baião, com a Oficina Popular de Teatro da cidade de Canoas. 
O exercício Cênico “Bate Asas, Bate” conta a história de Tião um brasileiro, suburbano, pai de família que ganha à vida vendendo cafezinho pelas ruas da cidade. Sua rotina é bruscamente alterada quando ao entrar em uma agência de publicidade para vender o seu café, Tião é convidado para gravar um comercial, onde ele, um homem do povo, vence na vida e compra a sua tão sonhada casa própria. A partir deste fato, sua vida vira uma confusão, Tião passa a ser reconhecido nas ruas como o “moço da casa própria”, mas sua família continua passando fome.

Com: Duda Máximo, Lucas Gheller, Sirlandia Gheller, Thaynan Kraetzig, Janete Costa, Raquel Amsberg, Giovane Nunes, Maitê Astigarraga, Sara Oliveira, Yasmin Oliveira, Maria Senilda Oliveira, Jana Farias, Gustavo Ribeiro, Djean Bueno, Débora Bregala, Bárbara Hoch, Gabriel Botelho, Diana Klippel e Alex Kaffé

*Oficina Popular de Teatro de Canoas
A Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz desenvolve desde dezembro de 2011, uma oficina teatral na Antiga Estação Férrea de Canoas. Espaço este, que permanece aberto há mais de 20 anos para atividades culturais, devido à resistência de diversos artistas para preservá-la. Á convite do grupo “Pode ter inço no Jardim”, a Tribo se soma aos artistas de Canoas na luta pela preservação da Estação Cultural.
A oficina que acontece no centro reúne pessoas oriundas de diversos bairros, e ao longo desses anos desenvolveu diversas ações artísticas na cidade e realizou os exercícios cênicos “Bate Asas Bate” e “Os Sinos da Candelária”.


Cenas de Terror e Miséria do III Reich
*Oficina Popular de Teatro do bairro São Geraldo
Orientação Marta Haas
Dia 26 de junho, às 20h30 no Teatro Bruno Kiefer

Foto: Tânia Farias


Terror e Miséria no III Reich é uma obra do dramaturgo e poeta alemão Bertolt Brecht. Foi escrita entre 1935 e 1938 – período em que Brecht estava exilado na Dinamarca – fazendo uso de recortes de jornal, notícias recebidas da resistência e rádio, tentando atingir principalmente os exilados alemães. É um panorama da sociedade alemã sob o domínio nazista. A peça é composta de múltiplos quadros independentes, aparentemente desconexos, em que cada cena nos mostra uma faceta do regime. Analisa opressores e oprimidos, assim como a penetração do terror e do medo no cotidiano das famílias alemãs. Brecht retrata os diversos segmentos sociais da Alemanha, tais como a polícia, o governo, a pequena burguesia e a classe operária. Terror e Miséria no III Reich é um estudo do medo e da delação, da desconfiança generalizada e da violência.

*OFICINA POPULAR DO BAIRRO SÃO GERALDO
A Oficina Popular do bairro São Geraldo existe desde 2009, quando a Terreira da Tribo mudou-se para a rua Santos Dumont. A partir de encontros semanais o Ói Nóis Aqui Traveiz desenvolve no bairro um trabalho de criação de núcleo teatral. 


MINHA CABEÇA ERA UMA MARRETA
*Grupo Rito
Dia 24/05, 20h no CEA - Bom Jesus
Dia 26/06, 20h na Sala Carlos Carvalho
Foto: Paula Carvalho

Exercício de encenação da Oficina para Formação de Atores 2011/2013 da Escola de Teatro Popular da Terreira da Tribo . Minha Cabeça Era Uma Marreta é uma das mais polêmicas e enigmáticas peças de Richard Foreman, um dos dramaturgos mais controvertidos e badalados dos Estados Unidos. Em cena um professor, um aluno e uma aluna. Onde estão? Numa sala de aula? No santuário do saber? Ou num manicômio? Durante todo tempo o jogo incessante entre quem detém o saber e aqueles que o desejam. Fechados em conceitos, os donos da verdade condicionam a vida. A peça é a indagação do próprio processo do pensamento e dos mecanismos que intervem no pensamento. O roteiro é fragmentado, composto de frases curtas, aforísticas, desconectadas. A peça funciona como um poema aberto possibilitando que os espectadores façam suas próprias associações. A partir da experiência desta encenação os jovens atores criaram o Grupo Rito de Teatro.

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